segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Jorge de Almeida Monteiro

 
1959 - in Gravura Portuguesa 1, ICM
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Jorge de Almeida Monteiro (1908-1983) nasceu no Bombarral, no seio de uma família ligada ao pequeno comércio. Iniciou a sua formação na Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha. Em 1938, casou com Atalanta Judícibus, filha de Evaristo Judícibus, proprietário de uma tipografia localizada no Bombarral. Cedo manifestou uma grande proximidade e afecto à Nazaré, onde o casal teve residência na Av. Vieira Guimarães (“Vivenda Atalanta”). Após a frequência de um curso de artes plásticas no Bombarral, organizado por Alberto Morais do Vale, em 1944 Jorge de Almeida Monteiro abriu a fábrica de cerâmica “Bombarralense”, dedicada à produção de louça decorativa e azulejo. Esta fábrica tornou-se ponto de encontro de amigos, artistas e intelectuais, de ambiente marcadamente neo-realista. Aí conviveram Júlio Pomar e Alice Jorge, Vasco Pereira da Conceição e Maria Barreira, David de Sousa, Stella de Brito, Hernâni Lopes, entre outros. Em 1954, na sequência de um incêndio, a fábrica de cerâmica “Bombarralense” encerrou e Jorge Monteiro montou uma nova oficina para os seus trabalhos de cerâmica, gravura e cobre martelado, que funcionou até 1974. Participou em exposições colectivas na Sociedade Nacional de Belas-Artes, entre 1949 e 1954, e, na década de 1960, em diversas galerias nacionais. No âmbito da gravura, esteve presente na exposição de Gravadores Portugueses de 1955 e integrou o catálogo da Gravura, Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses de 1959, tendo estado representado também em exposições na Suécia, Madrid e Roma. Este artista desenvolveu também um gosto especial pela arqueologia. Participou em várias campanhas ao lado de personalidades de relevo, como Octávio da Veiga Ferreira, Fernando de Almeida e Borges Garcia. Pertenceu ao Grupo de Amigos do Museu Dr. Joaquim Manso, detendo papel importante na criação do mesmo (assim como na criação do Museu Municipal do Bombarral) e colaborando em diversas actividades iniciais, nomeadamente nas campanhas arqueológicas de S. Gião e da Torre de D. Framondo e na realização de moldes de materiais arqueológicos.
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